domingo, 3 de julho de 2011

Decisão

No obstante ao silêncio,
vem sussurro do meu pensamento,

Entre a tempestade e a bonança,
restam-me alguns instantes pra decidir,
que paz é a que vivo...

Se escrevo sobre isso,
pareço-me insensato,
porém se engulo esse pensamento,
aos poucos me desespero...

Agarro me na fé,
o pensamento não me rouba a paz,
embora continue a guerra,
feitora de poemas e canções.

Tristeza

Quando canso de parar,
paro ao me cansar,
olho em volta pra não ver,
o nada que vejo ao olhar.

Indefinido fico,
como um pronome,
como alguém sem nome.

Ser humano as vezes é,
ser infeliz as vezes perguntar,
e se não houvesse tristeza?
Seríamos de fato felizes?

Ser sensato é não pular,
no jogo da infelicidade,
esperar passar a nuvem,
que tarda raiar um novo dia.

Se ignoro minha humanidade,
e faço me forte em todo tempo,
louco sou em conceber,
a alegria que me falta.

A lágrima lembra a fragilidade,
a dependência...de tudo que não saberia,
fico mais forte e mais fraco,
pra prosseguir na minha lida.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Redondilha metalinguística

É dificil fazer rima
encaixar uma vogal
medir versos pelos sons
dar sentido nas palavras.

Fingir ter um sofrimento
Expressar um sentimento,
paradoxo mas comum
subjetivo universal.

O poeta então se perde,
prazerosamente assim,
nas horas que vão passando,
até encontrar um fim.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Troca

Trocarei a noite pelo pensamento,
esperarei pela poesia como quem espera pelo sol.
Que venha a existência todas as dúvidas,
e todos sentimentos que me purificam.

Não há razão pra me sentir seguro,
e nunca mais sair desse lugar,
Não tenho mais medo desse escuro,
que a luz dos olhos insistem em desafiar.

Quero vertir-me de humildade,
pra que a humaninade fique nua,
até que tudo seja queimado,
para que sobre só a verdade.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Assista e ouça a canção "dúvida"

http://www.youtube.com/watch?v=hQdCxUp767I

sábado, 25 de setembro de 2010

Imprevisível

Na tentativa de fugir do destino,
a gente se esconde no imprevisível,
fica esperando o tempo que nos procura,
passar desapercebido.

Mas o tempo parece não ter pressa,
a gente cansa e se entrega,
planejando quem sabe outro dia,
que a vida nos dê uma trégua...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Silêncio

Silêncio,
espelho que mostra,
por mais que eu fuja,
ou tente esconder.

Silêncio,
amigo que fala,
por mais que eu finja,
de surdo ou disperso.

Ele vêm,
me cala,
me rouba a palavra,
aquieta minha alma.

Me queima por dentro,
com paz ou tormento,
é meu sofrimento,
ou lugar de alento.

Silêncio,
ouço sua voz...
e ele me sonda,
inevitavelmente...

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Recomeço

Abre a janela e a porta,
Que a falta de esperança nos deixou,
olha esse sol que vem pela manhã
olha essa flores que falam de amor.

O recomeço é ponto de partida,
e a partida é começo sem fim,
hoje a manchete dos jornais,
falavam de flores e de paz.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Tranquilidade

Faz da vida a poesia,
e do caminho estreito,
mil possibilidades...
de recomeçar.

Fui surpreendido pela manhã,
deixei minha preocupação,
ae ver que um passarinho cantava feliz,
sem se preocupar com a vida.

Essa simplicidade,
me faz tão feliz,
Deixar o amanhã chegar,
e passar outra vez.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Humano

Entre desventura e esperança,
pode ser...
muito pequena a distância.

As vezes a vida não diz,
por mais que se pergunte...
E a gente continua seguindo,
sem resposta esse destino.

Deixe-me ser um ser humano,
Chorar pela tristeza,
Não me fale de vitória,
até a alegria do amanhacer chegar.

domingo, 13 de junho de 2010

Por acaso


O cheiro de café,
acompanhado do por do sol...

Esperando você chegar,
pra te contar qualquer bobagem...

Pra gente dormir...
com alguma esperança no novo dia que virá...

Lembrei uma velha canção,
ao pegar por acaso no violão...

E vi você sorrir,
de qualquer coisa sem sentido...

Amanhã vou rever amigos...

Ouvir história de velhinhos...

Comer uma broa de fubá quentinha...

E quem sabe folhear o livro que não terminei.

E o que der errado,
a gente pode superar,
com lágrimas ou sorrisos...

Hoje eu sei que te amo,
que minha vida faz sentido.

Palavras


As palavras e seus sentidos,
abastança as vezes é abastardar,
abandono...
abandidar.
Abiogênese não é abiose,
mas pode ser abade.

Quem abismar,
pode ser abismal,
e se perder nesse abismo,
que é mais profundo que o abissal.

Ablução é só corpo,
mas a alma pode ser abnegada,
abolição é do espírito,
quando existe absolvição.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A vida



A vida vive tentando dizer,
que complico a simplicidade,
atropelo com palavras,
o momento do silêncio.

A vida vive pedindo,
pra eu voltar naquele tempo,
e refletir por um segundo,
refazer meus pensamentos.

A vida procura um tempo,
o mundo não quer parar de girar,
não quer deixarque eu veja as flores,
que nasceram ontem no meu quintal.

Mas um dia vou fugir,
subir outra vez naquela montanha,
deixar a vida descansar,
e refazer meu caminho.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Noite

Nessa noite confusa,
pensei em tanta coisa,
pensei na vida inteira,
e não vi nenhum sentido.

Eu desenhei o sol na janela,
acendi lâmpada
e uma vela,
mas nada trouxe paz.

Em meio a noite escura,
quem espera o sol...
não procura claridade,
procura esperança e um novo dia!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Despedida

O que hoje despedaça…
Já foi o nascer do sol,
O sorriso da chegada,
E o amigo aperto de mãos.

Entre tantos entretantos,
Escorre pelos dedos,
Escorre pelos olhos
EScorre pela vida...

Custa tempo pra saber,
Qual o preço de um sorriso,
Custa caro sorrir,
Apesar da despedida.

E quem nunca se despediu?

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Abstrato

Queria abraçar o mundo,
Com cadarços desamarrados,
Sentir o frio do abando,
De dentro do meu armário.

Andei mil léguas,
Sem realmente dar um passo,
Fui tão longe,
Pra ver que preciso entrar dentro de mim.

Procurei tantas formas,
Para apenas perceber…
Meu sentimento é abstrato.

Controle

Vai devagar,
Independe do tempo,
É o “vento” que sopra,
Caminho “impreciso”.

Acelera,
Pressa…
Perigo…
Perdido!

Volta,
Arrepende, entrega,
Reconhece,
Eternidade!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Alto São José



Aquela casinha,
Que guarda um universo de simplicidade,
E é o ventre da nostalgia,
Hoje é crescida em mim…

As vezes fujo até lá,
Pra sentir a pureza da tarde,
Que tantas vezes marcou a varanda,
Na infância que não volta mais.

Aquela casinha,
Com o teto de amor,
Despertava o meu amanhacer,
Marcava a vida…

Agora é só um refúgio,
Um aperto no coração,
A lembrança de dois velhinhos,
E essa inspiração.