domingo, 3 de julho de 2011

Decisão

No obstante ao silêncio,
vem sussurro do meu pensamento,

Entre a tempestade e a bonança,
restam-me alguns instantes pra decidir,
que paz é a que vivo...

Se escrevo sobre isso,
pareço-me insensato,
porém se engulo esse pensamento,
aos poucos me desespero...

Agarro me na fé,
o pensamento não me rouba a paz,
embora continue a guerra,
feitora de poemas e canções.

Tristeza

Quando canso de parar,
paro ao me cansar,
olho em volta pra não ver,
o nada que vejo ao olhar.

Indefinido fico,
como um pronome,
como alguém sem nome.

Ser humano as vezes é,
ser infeliz as vezes perguntar,
e se não houvesse tristeza?
Seríamos de fato felizes?

Ser sensato é não pular,
no jogo da infelicidade,
esperar passar a nuvem,
que tarda raiar um novo dia.

Se ignoro minha humanidade,
e faço me forte em todo tempo,
louco sou em conceber,
a alegria que me falta.

A lágrima lembra a fragilidade,
a dependência...de tudo que não saberia,
fico mais forte e mais fraco,
pra prosseguir na minha lida.